segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

PIORA NA ECONOMIA (1)
Neste início de 2011, parte importante dos indicadores macroeconômicos do país estão em deterioração. A inflação sobe, o dólar retomou trajetória de queda, as contas externas pioraram e a economia para pagar a dívida pública diminuiu. Ainda em janeiro, o Banco Central poderá se ver obrigado a aumentar os juros para conter a inflação. Isso pode ter novos impactos negativos sobre a dívida pública e sobre o dólar (que se desvaloriza quando mais moeda entra no país atrás do juro pago pelo BC, hoje em 10,75% ao ano). O IPCA deve fechar 2010 próximo de 6,5%. O IGP-M, que reajusta a maioria dos contratos de financiamentos imobiliários e de bens, assim como de aluguéis, subiu 10,56%.
PIORA NA ECONOMIA (2)
O reajuste do salário mínimo foi de 5,88%. Pela primeira vez desde 2003, corre o risco de ficar sem aumento real. No início de dezembro, o BC retirou R$ 60 bilhões da economia elevando os depósitos compulsórios que impõe aos bancos. Isso já fez subir os juros para os consumidores e reduziu prazos de financiamentos para bens e veículos. As duas medidas foram as primeiras para tentar conter a aceleração da inflação e o aumento dos gastos públicos. O descontrole nas despesas do governo (o gasto da União cresceu quase 25% entre janeiro e novembro de 2010 em relação a 2009) está na raiz de muitos dos atuais indicadores negativos.
GUERRA DOS SHOPPINGS
Ônibus lotados de turistas interessados em comprar produtos da indústria têxtil de Brusque são a cena mais comum na cidade, mas onde deveria reinar o comércio livre, existe uma grande batalha, com término inimaginável. Um boicote da Associação de Centros Comerciais Atacadistas de SC (Acecomvi) a estabelecimentos não associados culminou em uma denúncia junto ao Ministério Público, onde seis empresários integrantes da associação (sendo um de Brusque), são acusados de formar uma organização criminosa para arrebatar compradores, prejudicando outros centros comerciais. O tradicional “turismo de compras” está seriamente ameaçado para Brusque e atitude como esta, depõe contra o princípio constitucional da livre concorrência, trazendo prejuízo aos lojistas e, conseqüente desemprego. Segundo o advogado contratado pelos lojistas, ação dos empresários “lesa o comércio de modo geral, os lojistas, os funcionários que estão sendo demitidos, uma série de pessoas que acabam sendo prejudicadas por esse ato dessa associação”.
AS FAMÍLIAS DE BRUSQUE ...
Brusque, aprazível e pujante cidade do Vale do Itajaí, uma das 10 maiores economias do Estado, fundada em 1860 por imigrantes alemães, num processo bastante peculiar. As terras banhadas pelos meandros do rio Itajai-Mirim foram palco de pequenas histórias que compõem a grande história do Vale, num autêntico caso em que a versão oficial se confunde com a história do seu povo. Cada um de seus imigrantes, e aos alemães sucederam-se os italianos e eslavos, contribuiu decisivamente para o desenvolvimento social e econômico dos municípios da região, mesmo que através da simples exploração de um lote colonial ou de uma modesta atividade artesanal. Livre da ingerência externa de outros fatores que não o de seus próprios empreendedores, vocacionados desde o início para a pequena iniciativa, em seus engenhos, oficinas e pequenas fábricas. (Do livro: As Famílias de Brusque, Guabiruba e Botuverá, de João Carlos Mosimann, 2010).
ECONOMIA BRUSQUENSE
Após a Segunda Guerra Mundial, quando a diversificação da indústria, com o surgimento de novas fábricas, parecia ser o caminho natural, em entrave impediu o desenvolvimento industrial de Brusque: a carência de energia elétrica. A indisponibilidade de energia retardaria por 30 anos o surgimento da indústria metal-mecânica e outros ramos industriais. Embora um brusquense presidisse a Empresa Força e Luz de Santa Catarina, que abastecia todo o Vale do Itajaí, incluindo Brusque, a energia elétrica não chegava à cidade, pelo menos em quantidade suficiente para a implantação de novas indústrias, ou mesmo de algumas oficinas. Guilherme Renaux presidiu a empresa durante 30 anos, de 1937 até sua estatização em 1967 (hoje Celesc). Em decorrência, deixaram de implantar-se em Brusque, embora tivessem ali suas origens, por essa carência de energia elétrica, a indústria de refrigeração Cônsul, a Cimento Portland, além do Laboratório Catarinense (atual Drogaria Catarinense), nascido em Brusque, através do farmacêutico Georg Boettger.
IMPORTAÇÃO FISCALIZADA
Empresas que cometerem irregularidades nas importações poderão perder o registro de importadora por até dois anos. Foi a maneira que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior encontrou para tentar diminuir a sonegação de impostos de importação, aquecida pelo dólar baixo e, até então, pela falta de punições mais graves para os infratores. Antes, a punição se restringia a multa e muitos preferiam correr o risco.
FALÊNCIA DA IGREJA
A arquidiocese da Igreja Católica Romana de Milwaukee anunciou que pedirá falência por uma onde de processos judiciais de vítimas de abuso sexual por parte de padres.
DINHEIRO DE PLÁSTICO
Foi de 21% o aumento da movimentação do chamado “dinheiro de plástico” em 2010 em relação ao ano anterior. Por cartões de crédito, débito e grandes redes varejistas (private label), passaram R$ 538 bilhões, a maior parte (R$ 310 bilhões), através dos cartões de crédito.
MENOS CUSTEIO
Em Santa Catarina, a relação entre despesa corrente e receita líquida corrente era de 122% em 2002. Em 2010, diminuiu para 97%. Significa que os gastos com custeio diminuíram. Mesmo assim, ainda são muito elevados. O novo Secretário da Fazenda espera apertar o cinto com mais força.
CONDOMÍNIO INDUSTRIAL
A Imobiliária Casa Nova, de Joinville, vai construir em 24 meses, um condomínio industrial na BR-280, na entrada de Araquari. A empresa já obteve licença ambiental de implantação por parte da Fatma. O condomínio vai ocupar 485 mil m2 e vai abrigar 162 lotes que, em média, terão 2.500 m2 cada um. A área fica próxima da ferrovia, entre o principal pólo empresarial de SC, que é Joinville, e o porto de São Francisco do Sul.
SOLIDARIEDADE
Queiramos ou não, assim que passa o Natal passa também aquele sentimento de solidariedade presente em todos os dezembros. Dura até o dia 24. Solidariedade é, definitivamente, um bem perecível.
FUNDO DA VALE
Os trabalhadores que usaram a grana do FGTS para comprar ações da Vale por meio de um fundo de investimento conseguiram escapar da onda de prejuízos da Bovespa e fecharam o ano com ganhos de 11,8%. O papel valia R$ 55,33 no último dia de dezembro. O índice Bovespa teve alta de apenas 1% em 2010. O motivo dos ganhos, acima da inflação, foi o aumento do preço dos minérios, principal produto vendido pela Vale, no mercado mundial. Já quem investiu a grana do fundo na Petrobrás passou por maus momentos em 2010. As ações caíram 26,6% com a entrada de novos papéis no mercado. O principal motivo das perdas foram as incertezas em torno do pré-sal, sem previsão de lucro.
IMPOSTO SEM CORREÇÃO
O Imposto de Renda vai pesar mais no bolso do brasileiro neste ano. A Receita Federal publicou no Diário Oficial da União a tabela que será usada para calcular o IR sobre os rendimentos recebidos em 2011, que é a mesma que foi usada em 2010. Sem a correção da tabela, que não recuperou sequer a inflação de 2010, quem sai perdendo é o contribuinte. Como a renda dos trabalhadores deverá subir por conta da inflação, o contribuinte que era isento poderá ter que pagar imposto neste ano.
GRANDES CONTRIBUINTES
A Receita Federal vai acompanhar de perto 12,1 mil empresas neste ano, responsáveis por 70% da arrecadação tributária. Nesse grupo, figuram companhias dos setores financeiro, petrolífero, automotivo e de bebidas. Em 2010, foram alvo de fiscalização especial 10,5 mil empresas. O Fisco também examinará as contas de 5,1 mil pessoas físicas com renda e patrimônio elevados. Eles serão os primeiros a ser fiscalizados pela Delegacia Especial dos Maiores Contribuintes Pessoa Física. Para este ano, a Receita Federal estima uma arrecadação de R$ 866 bilhões.
GESTORES DE FORTUNAS
A possibilidade de que os investidores tenham uma anistia para regularizar a situação de recursos não declarados mantidos no exterior está agitando o mercado de gestão de fortunas no país. Como a expectativa é que boa parte desse dinheiro seja trazido de volta, abre-se um filão para os “private Banks”. A maior parte dos clientes que têm recursos no exterior é a possibilidade de se tornarem alvos da Receita Federal no futuro. Outro receio é que, uma vez concedida a anistia e os recursos declarados, o governo venha a criar um imposto sobre fortunas, medida que teria sido cogitada no plano novo governo que acabou de assumir. A maior parte do dinheiro não declarado está nos tradicionais bancos europeus, com destaque para os suíços ou americanos.
MINHA CASA MINHA VIDA
O desempenho do programa Minha Casa, Minha vida em Santa Catarina, é um dos melhores do País. Em 2010, a Caixa Econômica Federal fechou 28,7 mil contratos. Considerando-se meta de 100%, SC chegou a 119% do atual previsto. Alagoas (153%), Goiás (136%) e Rio Grande do Sul (123%) lideram a lista. A média nacional foi de 90% em relação a meta prevista.
NOVA EMPRESA OPERA SPC
A criação da Boa Vista Serviços, que opera o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), passa a ser um fortíssimo concorrente do SPC gerido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina. A nova empresa tem como sócios a Associação Comercial de São Paulo, a Associação Comercial do Paraná, a CDL de Porto Alegre e a CDL do Rio. Reúne 130 milhões de consumidores. O Fundo de investimentos TMG Capital responde pela gestão.
VENDAS CRESCEM
Mais uma vez fica claro que as vendas de Natal cresceram mais que o apurado. Para o cálculo, as entidades usam como base as consultas feitas no período ao SPC. Ou seja, a quantidade de consultas aumentou 10%. E por que as vendas aumentaram mais? Simples. A parcela de vendas no cartão (crédito e débito) aumenta a cada ano e essas não exigem consulta ao SPC. Difícil é estabelecer quanto de fato as vendas aumentaram. Há resistência por parte de lojistas, em especial médios e pequenos, em divulgar números relacionados ao faturamento. Para muitos é estratégia perante a concorrência, para outros é medo do Fisco.
COMPRADORES ONLINE
Cerca de 179 milhões de pessoas visitaram os principais sites de vendas nos EUA em novembro. Recorde de tráfego, segundo pesquisa da ComScore. O setor que registrou a maior alta (36%) foi o de jóias/produtos de luxo, acessado por 22 milhões de pessoas. O que atrai maior público é o de produtos eletrônicos: 53 milhões. A Amazon é a loja mais acessada, com 84 milhões de visitantes, seguida pela Walmart (52 milhões) e Apple (40 milhões).
CONTEÚDO DUVIDOSO
Não abrir e-mails com conteúdo duvidoso é uma das principais atitudes que uma pessoa pode tomar para evitar ataques. Segundo um specialista em segurança da informação, esse é o principal artifício de invasão. A utilização de certificados digitais é a melhor forma de proteção ao internauta. Não adianta ficar colocando login e senha. Com o certificado digital, o hacker não tem como roubar informações. O certificado digital é uma espécie de identidade, mas tem de ser comprada.
CARROS USADOS
Os carros usados ficaram até 29% mais baratos em 2010. A queda dos preços tem relação com a expansão da venda de carros zero-quilômetro. O usado pode ser uma saída para quem procura opcionais, como ar condicionado e vidros elétricos, pelo preço de um zero básico. Peugeot e Citroen são os carros mais desvalorizados.
NOVA VERSÃO DO PUNTO
A Fiat coloca no mercado mais uma versão do Punto, o Essence com motor 1.6 16V e câmbio automatizado Dualogic. O novo modelo vem de série com piloto automático, retrovisores externos elétricos e chave estilo canivete com comando de abertura e fechamento de portas e vidros. Os outros equipamentos de fábrica são os mesmos da versão Essence 1.6 com câmbio manual, destaque para o computador de bordo e faróis de neblina.