domingo, 22 de agosto de 2010

HISTÓRIA DE BRUSQUE (1)
O destaque de Brusque no cenário veio por meio da indústria têxtil. A primeira fábrica de tecidos do Estado foi a Carlos Renaux, existente até os dias de hoje. Em 1892, Carlos Renaux, imigrante vindo de Loerrach (Alemanha), instalado há 10 anos em Brusque como comerciante, decidiu dar novo rumo a sua atividade e aproveitou a experiência de tecelões alemães e poloneses em uma fábrica de tecidos. No começo Renaux tinha apenas 8 teares manuais, instalados dentro de um depósito de mercadorias. O sucesso foi tanto que não demorou muito para o pioneiro da área conseguir comprar 40 teares mecânicos importados da Inglaterra. Assim, junto com dois sócios, foi constituída a empresa Fábrica de Tecidos Carlos Renaux.
HISTÓRIA DE BRUSQUE (2)
A vinda dos tecelões da região têxtil de Lodz (Polônia) foi decisiva para a implantação do setor. Os poloneses tinham a experiência de transformar fios de algodão em tecido. Eles haviam emigrado para o Brasil por causa das más condições de trabalho. Em fevereiro de 1898, foi criada a segunda indústria têxtil em Brusque. Eduardo von Buettner deu início a fábrica de bordados finos e se tornou o primeiro da área no Brasil. Von Buettner tinha como ponto favorável a sua casa comercial. Na época, somente os comerciantes tinham capital suficiente para iniciar um empreendimento fabril.
HISTÓRIA DE BRUSQUE (3)
A terceira empresa têxtil em Brusque foi fundada em janeiro de 1911 por Gustavo Schlosser e dois filhos. Tanto a Gustavo Schlosser & Filhos, quanto a Renaux e a Buettner produziam inicialmente artigos populares, que eram vendidos na região. Os produtos também eram exportados. O rio Itajaí Mirim servia como via para as balsas levarem as mercadorias até o Porto de Itajaí. A produção têxtil de Brusque foi reconhecida em 1908, em uma exposição nacional no Rio de Janeiro. A cidade se destacou com três grandes prêmios: 13 medalhas de ouro, 14 de prata e 14 de bronze. A premiação foi garantida pelos tecidos de algodão, meias, rendas e bordados.
HISTÓRIA DE BRUSQUE (4)
A implantação da indústria de malhas, a partir dos anos 1980, deu novo impulso ao setor. Dezenas e até centenas de micro, pequenas e médias empresas do ramo de confecções se instalaram em Brusque. Uma grande revolução econômica foi formada e a partir daí operários têxteis passaram à condição de empresários, fazendo com que a renda conquistada pelo ramo industrial ficasse melhor distribuída.
RIOVIVO AMBIENTAL
Com a sexta posição entre os maiores produtores têxteis e de confecções, o Brasil tem como diferencial, a sustentabilidade do setor. Em Santa Catarina é a maior atividade manufaturada, responsável por mais de 150 mil trabalhadores. Nesse contexto, a terceirização é uma das soluções para a adequação à legislação ambiental. A empresa Riovivo Ambiental recolhe por meio de uma rede de 34 quilômetros instalada em Brusque, os resíduos industriais de mais de 30 empresas da região. É também responsável pela administração da Estação de Tratamento de Efluentes Industriais de Brusque.
PÃO MAIS CARO
Padarias exibirão os reflexos da menor oferta de trigo no mercado ainda neste mês, quando o preço do pãozinho e de outros produtos com farinha poderão sofrer reajuste de até 15%. A seca quebrou a safra nos principais países produtores.
SANEAMENTO BÁSICO
Santa Catarina, a sétima maior economia do Brasil está devendo muito quando o assunto é saneamento básico. Das 293 cidades, apenas 16% têm tratamento adequado de esgoto. No cenário nacional, o Estado é o 11º no setor. Os dados foram divulgados pelo IBGE. Brusque, mesmo com uma Estação de Tratamento de Efluentes, a Riovivo Ambiental, ainda não possui o tratamento do esgoto sanitário. Tudo é jogado no rio Itajaí Mirim, de onde vem a água que consumimos. E não é só isso. Nem todas as indústrias do município tem tratamento de efluentes ou terceirizam este setor. Muitas delas jogam, criminalmente, seus dejetos industriais no rio ou em ribeirões próximos, em total desrespeito à legislação vigente.
CRF PRIME
Brusque acaba de ganhar um novo empreendimento comercial: é o CRF Prime, localizado na Rua Felipe Schmidt, centro da cidade. Destinado a profissionais e empresas que querem dar maior visibilidade aos seus negócios, são 12 andares, numa arquitetura moderna e avançada para os padrões atuais da região. Construído pela CRF Construtora, o edifício possui sistemas inteligentes de tecnologia, como o de ar condicionado, redes de computação e segurança. Os andares podem ser modulados, oferecendo maior versatilidade aos clientes, sendo possível formar até seis salas ou utilizar o espaço de um andar inteiro para clínicas ou escritórios. São 200 vagas de garagens com amplo estacionamento.
BUETTNER
As vendas líquidas da Buettner no 1º semestre deste ano alcançaram R$ 62,2 milhões, contra R$ 61,6 milhões em igual período de 2009. Teve prejuízo líquido de R$ 13,0 milhões no semestre. Ano passado, no mesmo período, o prejuízo foi um pouco maior: R$ 14,6 milhões. As despesas financeiras líquidas do semestre somaram R$ 8,7 milhões (14% sobre as vendas líquidas) e o Patrimônio Líquido (Capital e Reservas) em 30 de junho soma R$ 20,1 milhões.
MAIS EMPREGOS
O Estado de Santa Catarina gerou 5.194 novos postos de trabalho no mês de julho, com um acumulado de 71.490 novos empregos gerados em 2010, no período acumulado de sete meses. No mês de julho, o ranking dos municípios com maior saldo de empregos formais foi liderado por São José (+465), seguido de Brusque com (+438) e Rio do Sul (+343). Os três municípios que mais desativaram vagas formais foram Araranguá (-180), Blumenau (-153) e Tubarão (-126 empregos). Em Brusque, foram 2.412 admissões para 1.974 demissões. O setor industrial liderou novas admissões no mês com 383 novos empregos gerados.
ACUMULADO
No acumulado de sete meses, os principais municípios de Santa Catarina com geração de novos empregos destacamos: Joinville (+9458), Blumenau (+7842), Jaraguá do Sul (+4317), Brusque (+3.158) e Itajaí (+3.087).
FALTA MÃO DE OBRA
Com as obras na etapa final, o Catarina Shopping, em Brusque, está encontrando dificuldade para contratar vendedoras e gerentes. O shopping com 150 lojas, atuando somente no atacado, continua recebendo currículos. O empreendimento de R$ 18 milhões será inaugurado em 13 de setembro e deve criar 600 empregos diretos.
SCHLOSSER
Com vendas líquidas de R$ 22,4 milhões, a Schlosser encerrou o primeiro semestre deste ano com prejuízo de R$ 9,5 milhões (42,4% sobre as vendas líquidas). No mesmo período de 2009, as vendas líquidas alcançaram R$ 21,8 milhões com prejuízo de R$ 11,1 milhões (50,9% sobre as vendas líquidas). As despesas financeiras líquidas no semestre somaram R$ 7,5 milhões (33,5 milhões sobre as vendas líquidas) e o Patrimônio Líquido (Capital e Reservas) é negativo em R$ 105,3 milhões. A empresa encontra-se com seu Passivo a Descoberto neste valor.
PRIMEIRAS PEÇAS
Chegaram a Itajaí as peças para a construção dos dois primeiros iates da Azimut-Benetti, fabricante italiana de embarcações de luxo que está se instalando na cidade. O mesmo navio também trouxe da Itália, cinco iates prontos para clientes brasileiros. A empresa deve gerar mil empregos com capacidade de produção de 100 iates por ano. O grupo vai investir R$ 200 milhões.
FÁBRICA RENAUX
As vendas líquidas da Fábrica Renaux, de Brusque, no 1º semestre deste ano somaram R$ 26,9 milhões, uma redução de 7,2% em comparação com o mesmo período do 1º semestre de 2009 (R$ 29,0 milhões). A empresa encerrou o semestre com um prejuízo líquido de R$ 16,9 milhões (62,8% sobre as vendas líquidas). As despesas financeiras líquidas somaram R$ 12,5 milhões (46,5% sobre as vendas líquidas) e o Patrimônio Líquido (Capital Social e Reservas) é negativo em R$ 114,2 milhões em 30 de junho, representando assim, o seu Passivo a Descoberto neste valor.
CONSÓRCIO
Quando o consumidor desiste de um consórcio, o reembolso das parcelas pagas deve ser feito 30 dias após a entrega do último bem, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
PISTA DE ESQUI
Empresários da região do Tirol, na Europa, estiveram no Morro da Igreja, em Urubicí e em Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, locais com tendência a nevar no inverno. Eles estudam a implantação do 1º hotel com pista de esqui no país, incluindo teleférico.
PEPSICO
Itajaí poderá receber mais um empreendimento, que desta vez criará 200 empregos. A Pepsico pretende transferir fábrica do Rio de Janeiro para Santa Catarina, aumentando a produção de atum. Os secretários da Pesca e do Desenvolvimento Econômico devem ser acionados para atrair mais este investimento à cidade.
CERTIDÃO NEGATIVA
O fisco federal inicia ainda neste mês a etapa de ajuste na concessão de Certidão Negativa de Débito (CND) aos contribuintes que aderiram total ou parcialmente ao Refis da Crise. No Ministério da Fazenda, a informação é de que esse ajuste é necessário para por fim à concessão indevida do documento ao devedor que aderiu ao refinanciamento somente para ter acesso à certidão. A CND, que possui seis meses de validade, é um dos principais instrumentos de fiscalização e cobrança de tributos em atraso.
LICENÇA-MATERNIDADE
O Senado aprovou em segundo turno o aumento da licença-maternidade de quatro para seis meses, nas empresas privadas. O texto seguirá para a Câmara. Para começar a valer, a PEC (proposta de emenda constitucional) precisa ser aprovada duas vezes pelos deputados.
MICROS BENEFICIADAS
O governo do Estado determinou a revogação dos efeitos do regime de substituição tributária sobre empresas enquadradas no Simples Nacional. A Secretaria da Fazenda vai manter o regime, mas para as empresas do Simples haverá adequação das margens de valor agregado de forma que o custo das mercadorias seja o mesmo vigente antes da implantação da fórmula. Os ajustes atendendo pedido do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina e devem causar uma perda de arrecadação de R$ 200 milhões até o final do ano. As mudanças serão implementadas por decreto para valer a partir de 1º de setembro.
FEBRATEX
Parece não haver tempo ruim na Febratex. Segundo a organização, 98% dos expositores deste ano confirmaram presença no final da edição anterior, em 2008. Os espaços no pavilhão de lona, montado para aumentar a área útil da feira, foram vendidos em 48 horas e cerca de 30 empresas ficaram na lista de espera, aguardando alguma desistência. Para a edição de 2012, 60% dos espaços já estão vendidos. Para se ter uma idéia do crescimento da feira, foram 45 expositores na Febratex em 1991, contra 388 em 2010.
TÊXTIL RENAUX
As vendas líquidas da Têxtil Renaux, de Brusque, somaram R$ 49,4 milhões no 1º semestre deste ano, um crescimento de 27,6% sobre o mesmo período de 2009 (R$ 38,7 milhões). Encerrou o semestre com um prejuízo líquido de R$ 11,6 milhões (23,5% sobre as vendas líquidas). As despesas financeiras líquidas somaram no semestre R$ 14,4 milhões (29,1% sobre as vendas líquidas) e o Patrimônio Líquido (Capital Social e Reservas) é negativo em R$ 169,7 milhões em 30 de junho, representando seu Passivo a Descoberto neste valor.
MEDIAÇÃO OBRIGATÓRIA
O Senado aprovou o projeto de lei 94/03, que torna obrigatória a tentativa de mediação para solucionar um conflito antes de submetê-lo ao processo judicial tradicional. A mediação terá prazo de 90 dias para a conclusão. Se não houver acordo, o processo será encaminhado ao Juiz da causa. O PL agora seguirá para a Câmara dos Deputados. O objetivo da alteração é ampliar as possibilidades de solução consensual entre as partes e diminuir o número de processos encaminhados ao Poder Judiciário e, consequentemente, agilizar a Justiça brasileira. Segundo o presidente da OAB (SP), a “Mediação, Conciliação e Arbitragem abrem novos campos de trabalho”.
AEROPORTOS
Ano passado, 128 milhões de passageiros utilizaram os aeroportos brasileiros. Daqui a seis anos, serão mais de 200 milhões de passageiros. Os bilhetes aéreos hoje são vendidos em lojas de eletrodomésticos e até em supermercados. O “boom” do transporte aéreo poderá provocar um novo apagão. No ultrapassado terminal de Navegantes, transitam três mil passageiros por dia, 90 mil por mês e 1 milhão por ano.
CIDE
Nos últimos oito anos, a União arrecadou R$ 65 bilhões pela CIDE, a famigerada Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente nos combustíveis (só ela representa mais de 40% do litro de gasolina). Mas, o governo gastou apenas 1/3 deste valor (R$ 25 bilhões) em recuperação de rodovias. Uma vergonha, tanto que até a BR-101 foi privatizada no atual governo sob o falso argumento da falta de dinheiro.
PEDIDO
O pastor luterano Clóvis Lindner faz oportuno pedido de maior rigor na vistoria do estado mecânico dos caminhões que trafegam em nossas rodovias. Lembra que há dois anos, o pastor Rui Bonatto, de Itajaí, em viagem ao Paraná, teve seu carro atingido por um rodado que se desprendeu de um caminhão, matando-o no ato.