Renúncia fiscal
O governo estadual precisa fazer uma campanha para
convencer a população e o contribuinte em especial, que é um bom negócio conceder
benefícios fiscais a empresas no fabuloso valor de R$ 21,8 bilhões para o
próximo ano, conforme previsão constante na Lei Orçamentária Anual (LOA), em
trâmite no Legislativo. Neste ano a renúncia fiscal foi de R$ 14 bilhões. É
preciso esclarecer, também, qual motivo há para que empresas da região da
gerência da Fazenda estadual de Itajaí para receberem R$ 8,45 bilhões, quase o
dobro da industrializada Joinville (R$ 4,9 bilhões).
Apadrinhamento
Se fôssemos verdadeiramente uma sociedade organizada não
precisaria projeto de lei, como agora está sendo proposto no Legislativo
estadual, que institui o apadrinhamento de espaços e equipamentos públicos de
lazer, cultura, recreação e esportes pertencentes ao Estado de SC. Há uma
certeza nisso: com lei não vai funcionar, tais as exigências que os burocratas
vão impor.
Empresa familiar
A Encantos realizou um almoço exclusivo para
convidados em comemoração ao aniversário de 35 anos da marca, em Brusque. Fundada
em 1988, por Bernadete Maestri, a marca surgiu a partir de uma confecção em que
a proprietária era sócia com uma amiga. Iniciou com três funcionárias e hoje
tem cinquenta. É uma gratidão muito grande, mas também foi trabalhado para
isso. É uma empresa de três gerações que veste e valoriza mulheres reais,
destaca Fernanda Maestri, sócia da Encantos e filha da fundadora, Bernadete
Maestri.
Caixa 2
O craque Neymar não anda mesmo com sorte. A decisão da
2ª Vara Cível de Itapema que afastou Alcino Pasqualotto da presidência da
construtora responsável pela cobertura de R$ 60 milhões do jogador em Balneário
Camboriú, menciona haver “uma grande movimentação financeira em contabilidade
paralela não oficial”, conforme apurado pela perícia. A empresa foi acionada por
22 compradores pelo atraso nas obras do espigão Yachthouse. Nele Neymar é dono
de um quadriplex, nos últimos andares.
Consórcio
Só falta a sanção do governador para SC oficializar
sua adesão ao Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), cujo objetivo
principal é unir os Estados, considerados os mais ricos do país, para defender
os interesses das duas regiões junto ao governo federal. Como sempre fizeram,
aliás, as corporativas bancadas do Nordeste e Norte, que nisso, apesar das
diferenças partidárias até fraticidas, se unem com forças máximas.
Maiores do Sul
O levantamento da revista Amanhã, listou as 500
maiores empresas da região Sul do Brasil, sendo três delas brusquenses. A Havan
aparece na 34ª posição no ranking regional. Os dados são de 2022. Além da
Havan, há também a ZM, que aparece na 226ª posição. A terceira empresa de
Brusque no ranking é a Zen, que ocupa a 338ª posição. No ranking estadual, com
as 100 maiores, a Havan aparece na 11ª posição e a ZM é a 67ª na lista. A
liderança do ranking 500 maiores do Sul pertence a Gaspar, vizinha a Brusque. A
Bunge aparece no topo da lista. Ela é seguida por Sicredi, de Porto Alegre
(RS); BRF, de Concórdia (SC); Weg, de Jaraguá do Sul (SC) e Copel, de Curitiba
(PR), que fecham a lista das cinco primeiras.
Juiz de garantias
O juiz de garantias, recentemente regulamentado como
forma de salvaguardar os direitos individuais dos investigados e a legalidade
da investigação criminal, já começa a se tornar realidade em SC. Em sessão
administrativa, o TJ-SC aprovou a instalação, brevemente, da primeira Vara
Regional de Garantias do Estado, em Rio do Sul, com abrangência sobre as
comarcas de Ascurra, Ibirama, Ituporanga, Presidente Getúlio, Rio do Campo, Rio
do Oeste, Taió e Trombudo Central. Ao juiz de garantias, entre outras responsabilidades,
cabe tomar decisões sobre a concessão, prorrogação ou revogação de prisões
cautelares, prorrogação do prazo de investigações, quebra de sigilos,
autorização de operações de busca e apreensão e arquivamento de investigações.
Sua competência perdura por toda a fase do inquérito policial e se encerra
somente após o oferecimento ou não da denúncia, cuja análise passa a ser da
competência do juiz de instrução.
Mais diversificação
Quais setores ou produtos industriais podem utilizar
habilidades regionais de SC para diversificar mais a indústria, inovar e gerar
ainda mais desenvolvimento? A Fiesc realizou estudo em parceria com a UFSC com
foco em diversificação industrial. Foram analisadas 20 microrregiões do Estado,
relacionando setores industriais já constituídos e outros que poderão surgir
pela afinidade com o que já existe. Esse estudo é um caminho que mostra o
potencial catarinense para ter ainda mais indústrias competitivas. Pelo menos
três microrregiões, as de Florianópolis, Joinville e Blumenau tiveram 50
atividades industriais recomendadas. O estudo está disponível no site da Fiesc.
Vai e não volta
A superintendente da Receita Federal em SC tornou
público que o órgão, que tem quatro delegacias no Estado, é responsável por R$
9 a cada R$ 10 arrecadados pela União e que 2022 um total de R$ 106 bilhões
foram arrecadados em território catarinense. O que entristece e indigna é que
nem um quinto daquilo retorna ao Estado.
A força da solidariedade
Originada no francês “solidarité”, a palavra solidariedade
significa se identificar com o sofrimento do outro e, principalmente, se dispor
a ajudar a solucionar ou amenizar problemas da sociedade. Mas do que uma
palavra, solidariedade significa empatia, desprendimento, humanismo e ação. Nas
últimas semanas praticamente toda SC sofreu com os grandes volumes de chuva que
atingiram o Estado. Milhares de pessoas foram forçadas a deixar seus lares e
buscar algum tipo de abrigo e auxílio para fugir das cheias dos rios. A chuva
levou mais de 130 municípios à situação de emergência e fez com que outros dois
decretassem calamidade pública. É neste cenário que o catarinense dá mais uma
vez provas de que conhece, literalmente, o significado e a importância da
solidariedade.
Devedores
A Polícia Federal e a Receita Federal fizeram uma
operação contra um grupo de empresários que deve R$ 5 bilhões em impostos. Em
SC? Não, embora os daqui devam R$ 16 bilhões só de ICMS e mesmo assim não
cansam de se exibir como “milionários”. Foi nas cidades de Duque de Caxias e
Rio de Janeiro.
Por que chove tanto?
Milhares de catarinenses fizeram esta preocupante
pergunta nas últimas semanas. Os serviços meteorológicos afirmam que as
tempestades de outubro por aqui superaram em duas vezes o volume normal para a
época. Em Mirim Doce e Taió, por exemplo, a expectativa para este mês era de
170 mm e até dia 20 havia passado dos 400 mm. A chuvarada é atribuída a uma
série de fenômenos meteorológicos, a maioria ligada ao El Niño. Mas o que
importa agora é saber quando vai parar de chover. Não tão cedo, manda dizer o
Instituto de Meteorologia e o Epagri Ciram. A previsão é de mais temporais,
principalmente entre os dias 26 e 27, que é quando haverá a passagem de mais
uma frente fria por aqui.
Meu negócio
O IBGE registra em seu mais recente levantamento que
SC agora abriga impressionante 568 mil micro empreendedores individuais,
consolidando-se como o sétimo Estado com o maior contingente deles. No Brasil
são 13,2 milhões. A maioria dos MEIs catarinenses, cerca de 276 mil pessoas,
está no setor de serviços, que ocupa 48,7% dos MEIs do Estado.
Prejuízo
A enchente em SC trouxe grande impacto econômico com a
inoperância dos portos de Itajaí e Navegantes, por questões técnicas e de
segurança. Com a impossibilidade de atracar nestes dois locais, muitos navios
se deslocaram para Itapoá, no Norte e Imbituba, no Sul catarinense. O problema
é a falta de estrutura para liberar as mercadorias. Muitas empresas estão
solicitando autorização para transporte por caminhões entre o porto de Imbituba
e Itajaí para tentar agilizar processos. O atraso aumenta o custo e deverá
impactar na ponta, no consumidor.
Trabalho dos fiscais
O Sindifisco SC, que representa os auditores fiscais
da Fazenda do Estado, está celebrando os 35 anos de atividades com campanha que
reforça a importância desses profissionais para o Estado. Também comemora os 20
anos dos Grupos Especialistas Setoriais, um modelo de gestão que garantiu maior
eficiência na arrecadação de impostos. Graças a esses grupos, a receita de
Santa Catarina tem crescido acima da média nacional nas últimas duas décadas.
Bergamasco
Muitas cidades contam com uma festa típica em
determinado período do ano para celebrar a cultura. Foi com esse objetivo que
surgiu a Festa Bergamasca de Botuverá, em 1992. O evento, que em 2023 chegou à
29ª edição, mantém a tradição viva a cultura bergamasca no município, além de
apresentar o cultivo das tradições a visitantes de outras cidades. O nome Festa
Bergamasca foi escolhido justamente em razão da imigração de italianos da
província de Bergamo ao povoado de Porto Franco (hoje Botuverá) no século XIX.
Sustentabilidade
A Toalhas Atlântica acaba de apresentar a toalha
Natural, que utiliza 55% menos água no processo de tingimento em comparação a
uma toalha tradicional de cor clara. Produzida com algodão das iniciativas
Better Cotton Initiatives e Algodão Brasileiro Sustentável que promovem o
plantio sustentável, a toalha Natural se difere das tradicionais através do
processo de beneficiamento que utiliza menos processos químicos. O processo de
fiação e tecelagem é o mesmo para todos os itens, a toalha Natural recebe
apenas uma lavagem e amaciamento com produtos naturais, como é o caso do
amaciante à base de arroz. O produto final pode sofrer alterações de cor
conforme o local de plantios, época do ano e safra, resultando em toalhas
únicas, explica a estilista da Tecelagem Atlântica.
Reconhecimento
A EQI Investimentos recebeu três premiações na 29 edição
do Prêmio ABEMD, que reconhece os melhores cases do marketing de dados em cinco
categorias diferentes: Campanhas: Programa Digital; Mobile, CRM: Loyalty e Call
Center; e Contact Center. Na categoria Campanha, a EQI recebeu o troféu de ouro
como case “O narrador de histórias”, estrelado por Galvão Bueno e o prêmio de
prata com a Money Week, primeiro evento digital do mercado financeiro. Na
categoria Digital/Mobile a corretora também recebeu o troféu prata com a Money
Week. Apesar de ter participado de outros projetos vencedores, os cases
vencedores foram os primeiros em que Patrik Castilho, o CMO da EQi
Investimentos, construiu do zero. Além de ser um reconhecimento da categoria de
profissionais de marketing, é um bom sinal de que estamos construindo uma
jornada consistente para a EQI, conta.
Teatro da Unifebe
No palco do Teatro do Centro Empresarial de Brusque, o
Coro e o Grupo de Teatro da Unifebe transformaram o jubileu de ouro da
instituição em um verdadeiro espetáculo. Cinquenta Anos para Cantar e Contar
foi o nome da apresentação realizada recentemente, evento que reuniu
autoridades acadêmicas, estudantes e comunidade, durante a programação da Semana
de Arte e Cultura da Unifebe.
Desconfiança
Os termômetros dos corredores e gabinetes da Federação
das Indústrias de SC, como também a temperatura sentida nos encontros virtuais
dos caciques do PIB catarinense, queriam dizer alguma coisa, agora confirmada
por levantamento da Genial/Quaest: no momento só 5% do mercado acredita em
déficit zero nas contas públicas de 2024. Confiança essa e no Presidente da
República também. Já foi 12% meses atrás. A lógica de quem produz não tem
nenhuma mágica: as contas nunca fecham quando se gasta mais do que se arrecada.
Grande farra
Não importa o partido, a farra com dinheiro do
contribuinte continua livre, leve e solta, como sempre. Apuração da Agência
Pública revela que deputados e senadores gastaram alguns milhares de reais de
dinheiro público para ir eventos em setembro e outubro. Dentre eles
catarinenses. No relatório consta como seminário um evento oficial onde haveria
união e visitas com lideranças e entidades. E teve seminários em Lisboa e
Madrid. O Brasil não tem jeito mesmo ...
Ampliando faturamento
Pequenas e médias empresas de SC movimentaram quase R$
49,5 milhões com vendas digitais no 3º trimestre de 2023, segundo dados da
Nuvemshop. O montante é 24% maior na comparação com o ano passado. Santa
Catarina também é destaque: é o 4º Estado do país que mais vendeu por
e-commerce.
Estragando o que é belo
Em 1970 concluído o trecho Norte em pista única da
BR-101 em SC. Na altura do Morro do Boi, diante dos olhos deslumbrados dos
turistas e viajantes destacava-se o esplendoroso mar, a charmosa pequena
península da Ponta da Faísca, a belíssima enseada de Porto Belo composta pelas
praias de Itapema, Meia Praia e Perequê, a Ilha João da Cunha e morraria de
Zimbros, entre os atuais municípios de Porto Belo e Bombinhas. Na ocasião ainda
não existia este último município. Revistas de turistas chegaram a qualificar
essa paisagem como a mais bela do Brasil e até trouxe quem achasse que seria a
mais bela do mundo. Exageros provincianos à parte, o fato é que o panorama ali sempre
foi muito bonito, uma alegria e um alívio para os olhos cansados do viajante.
Foi, não é mais. Fazendo jus à nossa infinita capacidade de estragar o que é
belo, aquela paisagem, recentemente, passou a ter um edifício espetado justo
defronte à chamada “ilhota”, ou seja, a Ponta da Faísca, para quem olha da
BR-101. Aquele único edifício, naquele local, causa mais estragos à paisagem
que dezenas de outros, edificado mais adiante, pelo menos no que diz respeito
ao visual do Morro do Boi. Segundo informações, outros dois prédios também
estarão sendo edificados no local, obstruindo de vez um dos detalhes mais
bonitos daquele conjunto paisagístico.
Comunicação ilícita
Uma megaoperação nacional, acaba de retirar celulares
de presídios em 23 Estados, inclusive de SC. O objetivo de mais esta ação,
dentre tantas com a mesma finalidade e de resultados discutíveis, da Secretaria
Nacional de Políticas Penais, é combater a comunicação ilícita do crime
organizado.
Pais ausentes
Não é raro o bullying em crianças por não terem o nome
do pai em seus registros. Ademais, tal situação leva a humilhação de todo tipo,
principalmente às mães. Daí a importância do projeto que determina aos
cartórios de SC que comuniquem à Defensoria Pública do Estado sobre os
registros de nascimento que não tem a identificação do nome do pai.
Retrocesso
Um projeto de lei na Câmara dos Deputados quer proibir
o casamento de pessoas do mesmo sexo. Nessa cruzada há muitos falsos
moralistas, não será surpresa se aparecer um projeto para acabar com o
divórcio. Perguntar não ofende: por que não projetos para pôr fim aos
famigerados orçamentos secretos, aos odiosos privilégios e supersalários de 25
mil servidores públicos e à exploração cínica da fé, dentre outros tantos?
Beto Carrero
Depois de dois anos de planejamento e três de
construção, o parque temático Beto Carrero World, em Penha, está abrindo sua
nova área temática, com novos brinquedos. O próximo desafio no projeto de
expansão é um grande hotel e outra área temática.
Contêiner
Enquanto segue a novela do porto de Itajaí, que
inacreditavelmente está parado há meses por diversos motivos, principalmente
incompetência, o de São Francisco do Sul festeja sua movimentação espetacular:
38 navios partiram do terminal este ano carregando 2,5 milhões de toneladas de
milho para a China. Volume que representa um aumento um aumento de 200% com
relação ao mesmo período de 2022.
Alta demanda
Há uma estimativa de que aproximadamente 130 mil
passageiros circulem pelo Aeroporto de Navegantes (NVT) como ponto de partida
ou chegada durante o período festivo das festas no Vale do Itajaí em outubro,
representando um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período de 2022. Com
o aumento significativo no número de pessoas circulando pelo aeroporto, a
expectativa também é de um aumento expressivo no número de movimentações de
aeronaves. Durante o período. O Aeroporto de Navegantes prevê a realização de 978
pousos e decolagens, o que representa um aumento de 14% em relação ao mesmo
período do ano passado (862 movimentos) e 5% a mais do que 2019 (932
movimentos).
Juntando os cacos
Rio Grande (RS) a 300 quilômetros de Porto Alegre. Em
2007 representantes do governo e da Petrobrás começaram a realizar reuniões com
o empresariado local. Venderam a notícia que a indústria naval no Rio Grande
duraria no mínimo 30 anos e que deveríamos nos preparar para atender essa
demanda ou perderíamos a oportunidade para o pessoal de fora. Todo mundo ficou
comovido com a situação. Dados compilados pela Consultoria Aequus mostram que o
número de estabelecimentos comerciais em operação em Rio Grande disparou
naquele período, passando de 2,9 mil em 2006 para 3,9 mil em 2014, quando
estourou a Operação Lava Jato. Todos de olho em um contingente de trabalhadores
que inundou a cidade com o crescimento das obras nos estaleiros locais. Em
2014, Rio Grande chegou a um estoque de 56,3 mil trabalhadores com carteira
assinada, crescimento de 60% em relação ao verificado em 2006. Destes, cerca de
24 mil estiveram mobilizados no pico das obras nos dois estaleiros locais. Além
de lojas e dos shoppings, a cidade atraiu grupos hoteleiros e investimentos em
hospedagens e alimentação para os trabalhadores. O PIB do município quase
dobrou no período. A maré começou a virar após o início da Lava Jato, que levou
a Petrobrás a suspender e depois cancelar contratos com estaleiros, todos eles
focados na construção de plataformas de petróleo. Os rio-grandinos lembram com
tristeza do que chamam de Dia D do município, quando a última obra foi suspensa
e cerca de 3.200 pessoas foram demitidas no mesmo dia. Tinha gente chorando nas
calçadas, gente que não sabia o que fazer. Hoje, os três estaleiros locais operam
com capacidade bem mais baixa do que o esperado. Um deles está abandonado, com
parte de seu terreno servindo de pasto para cavalos da comunidade vizinha.
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