Extorsão
Não será
surpresa se o comando da Conferência Mundial do Clima (COP-30), estressado com
os valores dos aluguéis da cidade que sediará, Belém, em novembro (há casos de
R$ 1 milhão por uma casa normal), por 11 dias, transferir alguns eventos para
outras cidades, como Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador,
dentre outras. A ganância está expondo ao mundo que, vergonhosamente, o Brasil
é um lugar sem lei.
Escolas Sesi
A Federação
das Indústrias (Fiesc) inaugurou a Escola Sesi de Referência em Lages, a quarta
entregue nos últimos dois anos. Foram investidos R$ 48,6 milhões. O modelo tem
foco na integração entre ensino e formação profissional, com suporte de
laboratórios de alta tecnologia, espaços de inovação e afins.
Proteção patrimonial
Muitos
brasileiros estão retomando o hábito de comprar terrenos como forma de proteção
patrimonial e rentabilidade. Dados da última pesquisa de intenção de compra da
Brain Inteligência Estratégica mostram que 63% dos compradores preferem casas
em ruas, modelo que, na maioria das vezes, começa com a compra do terreno.
Prova desse movimento é o sucesso do maior bairro-cidade do Sul do Brasil, o
Flores de Sal, localizado em Tijucas. O empreendimento registrou 100% de adesão
nas propostas da sua primeira fase com 623 lotes e já teve valorização de 68%
em um ano, com projeção de atingir 150% em dois anos.
Sobram vagas
Com o rápido
envelhecimento da população, a demanda por vagas em escolas municipais já não é
um problema em muitas cidades. Estudo de âmbito nacional da Fundação Getúlio
Vargas apontou que em mais de 60% delas o tamanho da turma nas escolas
municipais já está abaixo da média da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, 21 por sala. Num recorte com cidades de mais de 200
mil habitantes, Blumenau se destaca. Em 100% da sua rede municipal, as turmas
tem menos de 15 alunos, em média. Tem atualmente 27,4 mil vagas no ensino
fundamental, com 22,8 mil estudantes matriculados. Assim, sobram 4.500 vagas.
Mercado esgotado
Há um absoluto
desajuste no mercado da advocacia. A cada seis meses, estão sendo jogados no já
esgotado mercado, milhares de novos advogados e estes, de forma absolutamente
legítima, na expectativa de mantença e até mesmo da dignidade pessoal, é mais
apenas resultados de um desajuste vai em busca do ajuizamento de mais
processos. Dessa forma, o litígio hoje já não é mais apenas resultado de um
desajuste nas relações sociais, a sim algo provocado, buscado, fomentado. O
processo passa a ser um produto de mercado. O Judiciário não pode ser a
primeira, única a mais rentável forma de solução de conflitos. Sua utilização
deve ser por exceção e não por regra, desde que comprovadas a necessidade e a
razoabilidade do emprego da custosa máquina judiciária. Magistrados e advogados
não podem ignorar essa realidade, de que tudo deva virar processo, sem que ao
menos haja uma tentativa da composição prévia com o outro litigante contra o
princípio da razoabilidade. (Fonte: Câmara de Mediação e Arbitragem de
Brusque).
Pessimismo
Saiu uma
pesquisa Datafolha sobre o que os brasileiros estão achando da situação
econômica do momento e futura e 45% responderam que vai piorar. Eram 33% na
pesquisa de junho; 28% avaliam que irá melhorar. Eram 32% em junho. O
percentual dos que acham que vai ficar como está caiu de 31% para 22%. No
recorte para catarinenses, gaúchos e paranaenses, o pessimismo está alto: 64%
avaliam que houve piora na situação recente no país, contra 54% na média
nacional.
Viagem da maçã
A notícia do
governo estadual de que depois de muita negociação foi viabilizado o serviço de
despacho aduaneiro autorizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para
que, a partir da safra 2024/2025 de maçãs frescas destinadas à exportação sejam
inspecionadas e certificadas na origem, nos polos produtivos de São Joaquim r
Fraiburgo, permitiu se saber de um capricho dos mais ordinários da nossa
burocracia até agora, para obter o processo de certificação era necessário enviar as cargas para o Rio
Grande do Sul, gerando custos logísticos e riscos da perda de qualidade da
fruta, pela redução da sua vida útil. Isso sem contar com a boa vontade de
alguns servidores federais.
Tarifaço e SC
O tarifaço de
Trump atinge 905 municípios do Brasil, conforme levantamento do Estadão, que
levou em conta os 30 produtos mais exportados para os EUA em 2024 e os
segmentos que foram alvo da sobretaxa adicional de 40% decretadas dia 30 (uma
taxa de 10% já havia sido anunciada sobre o Brasil, totalizando 50%, frente os
mais afetados em SC, estão Jaraguá do Sul e Joinville. No primeiro, envolve
máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes, aparelhos de gravação
ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens de
som em televisão e suas partes e acessórios, totalizando US$ 245 milhões. No
segundo, reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos
mecânicos, e suas partes, totalizando vendas de US$ 229 milhões.
Insanidade
SC corre o
risco de perder 244 mil empregos e ter seu PIB reduzido em R$ 17 bilhões, caso
dispositivos do Código Ambiental do Estado, instituído em 2009, sejam
considerados inconstitucionais, conforme levantamento da Fiesc. No STF, a
Procuradoria Geral da República, a pedido do Ibama, quer que sejam alterados
artigos de forma que se imponham restrições (e a eliminação de que já está
consolidada, e que revela a inacreditável estultice da ação) de atividades
econômicas agrícolas, industriais e de serviços em toda a área territorial
abrangida pelos chamados campos de altitude, mas não mais como é agora, acima
de 1.500 metros, mas sim de 400. O documento da Fiesc vai integrar a ação na
tentativa de garantir a validade da legislação estadual.
Canabidiol
A estranha
regulamentação da lei estadual sobre acesso ao canabidiol medicinal via SUS,
obriga aqueles que precisam a pagar muito caro. E são 5 mil pessoas no Estado.
O produto importado custa cerca de R$ 2 mil enquanto o produzido aqui, pela
Associação Santa Canabis, fica por R$ 430. Mas a entidade, que poderia
triplicar a produção, sofre restrição de todo tipo. Estranho, muito estranho.
Casarão Gleich
Aconteceu
sábado, dia 9, a entrega do Casarão Gleich, em pleno Centro de Brusque,
devidamente restaurado. Uma obra prima, conduzida pelo arquiteto Rubens Aviz. A
proprietária Sueli Gleich recebeu os convidados para entregar o casarão datado
de 1940, devidamente restaurado. Muitas pessoas amigas declarando ter conhecido
o casarão em épocas passadas. Dois ex-presidentes também conheceram: Juscgelino
Kubitchek de Oliveira e Jânio Quadros. Era um espaço muito especial que recebia
convidados para um chope, um churrasco, um bom sorvete na parte dos fundos,
onde um jardim com muitas árvores fazia do local um ponto de encontro,
principalmente nos finais de semana.
Praia engordada
Pela quarta
vez em 30 anos, a Prefeitura do Balneário Piçarras, no litoral norte, vai
novamente engordar a faixa de areia de dois dos sete quilômetros de extensão da
sua bela praia central, ao custo de R$ 38,2 milhões. Foi aberta licitação no
município é que, a olhos vistos, se percebe os efeitos das mudanças climáticas.
O primeiro engordamento foi em 1998, refeito em 2008 e 2012. Depois, como dizem
velhos sábios descendentes de açorianos, o mar veio buscar o que é seu. E virá
quantas vezes for necessário.
Força da indústria familiar
A economia
brasileira é formada por características únicas: 96% das empresas, por exemplo,
são familiares, um cenário muito comum, também, no nosso Vale do Itajaí Mirim.
Conforme dados do IBGE, as empresas familiares empregam aproximadamente 75% dos
trabalhadores brasileiros e são as grandes responsáveis pelo PIB nacional. A
nova geração de empresários assume a responsabilidade de manter e expandir esse
legado, enfrentando desafios e aproveitando oportunidades em um cenário
econômico dinâmico. As micro e pequenas empresas lideram a abertura de novos
negócios em SC. Em 2023, das 123,4 mil empresas abertas no estado, 96% eram
micros e pequenas, evidenciando a vitalidade do setor. Contudo, apenas 24%
destas empresas se preparam para a sucessão. No Vale do Itajaí Mirim, sede de
empresas familiares que se destacam nos setores têxtil, metalmecânico e móveis,
essas indústrias são fundamentais para a economia local, gerando empregos e
contribuindo para o desenvolvimento regional.
Nova escola Sesi
A Federação
das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) inaugurou a Escola Sesi de Referência
em Brusque. Localizada na Avenida Primeiro de Maio, a unidade recebeu
investimento de R$ 39,6 milhões e terá capacidade para atender até mil alunos,
a maioria filhos de trabalhadores da indústria. A inauguração ocorreu na semana
em que Brusque completa 165 anos. Essa é a quinta escola do tipo inaugurada
pela Fiesc em dois anos. As unidades anteriores foram entregues em Itajaí,
Joinville, Videira e Lages.
Reforma tributária
Um dos
advogados tributaristas mais consultados para falar sobre a reforma tributária
no país, Paulo Duarte Filho, estará em Brusque no próximo dia 27. Com tema:
reforma tributária, Impactos Práticos e Perspectivas. Duarte é convidado da
Sarturi Advogados, que completa três anos de atuação na cidade. Reconhecido por
publicações internacionais como Chambers Global e Legal 500, o advogado é
doutor em Direito Econômico pela Universidade de Ciências Econômicas de Viena e
mestre em Direito Tributário Internacional pela Universidade de Munique. O
evento acontecerá no Auditório da Acibr e as inscrições, limitadas, podem
acontecer no site Sympla ou no telefone 3304-3484.
Novos mercados
O impacto do
aumento das tarifas de importação nos EUA ainda começa a se desenhar e causa
incerteza para trabalhadores e empresários que atuam com os mais de 3 mil
itens que serão sobretaxados. Enquanto
estratégias imediatas como gestão de estoques, embarques em tempo acelerado ou
diminuição de produção desenham as primeiras reações, um caminho em vista é
pensar novos destinos para a produção. A busca por mercados exportadores,
porém, não tem resultados imediatos e exige preparações específicas.
Crise com os Estados Unidos
A estreia do
tarifaço dos EUA para a maioria dos produtos catarinenses e brasileiros
exportados aos Estados Unidos, sem a expectativa de um acordo geral favorável
devido as tímidas negociações, acelera a crise econômica. Na prática, para boa
parte das empresas exportadoras de SC, a crise chegou antes com a suspensão de
compras por iniciativa dos importadores dos EUA logo que a tarifa nova foi
anunciada. Um dos mais atingidos do país é o polo fabricante de móveis de
madeira integrado pelos municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio
Negrinho, no Planalto Norte de SC. Outro setor que está com produção
parcialmente parada desde o anúncio é o pesqueiro, da região de Itajaí. Cada um
desses setores tem mais de 10 empresas impactadas.
Carros elétricos
Santa Catarina
conta com mais de 1.200 hotéis e pousadas, mas só 85 têm estrutura de
carregadores para veículos elétricos ou híbridos. O setor já concluiu que está
perdendo hóspedes e investe em projetos para ampliar esse número. Essa carência
foi apurada pela Vektor, empresa de Joinville do setor de energia. Ela fez
parceria com a Automa durante a Expogestão pata disponibilizar programa pa-pafa
instalação de carregadores à rede
hoteleira. A Vektor estima que, até 2027 será possível triplicar o número de hotéis
com esse serviço. O tema foi abordado pelas empresas na feira Equipotel.
Para não levar calote
Na hora de
fechar negócios, muitos brasileiros ficam em dúvida se a outra parte realmente
vai cumprir o prometido ou correm riscos de levar um calote. Mas acaba de
chegar ao mercado uma solução para isso. O Conselho Nacional de Justiça
regulamentou a Conta Notarial feita por meio de cartórios de forma digital, que
permite o depósito do valor em custódia com liberação somente depois que um
tabelião verificar o cumprimento do contrato de compra e venda por ambas as
partes. A operação funciona de forma simples. O valor fica temporariamente
custodiado em instituição financeira com
o Colégio Notarial do Brasil – entidade que reúne os Cartórios de Notas
do país – e o tabelião só autoriza a liberação após verificar que a cláusula
prevista foi cumprida.
Desenvolvimento catarinense
Entre 2018 e
2025, durante a gestão liderada pelo presidente Mário Cezar de Aguiar, foram
investidos mais de R$ 1,5 bilhão na educação, inovação, saúde e segurança do
trabalhador. Os recursos foram distribuídos em todas as regiões de SC. Novas
escolas de referência, adoção de metodologias de ensino inovadoras e
qualificação das equipes estão entre os destaques do projeto de modernização da
educação do sistema Fiesc. Somados aos investimentos em laboratórios didáticos
e de pesquisas e desenvolvimento e em novas estruturas para qualificação
profissional, além de saúde e segurança do trabalhador. Nas áreas de saúde e
segurança do trabalhador foram criadas ferramentas digitais para acompanhamento
e prevenção e novas estruturas, como clínicas de saúde e academias.
Cereais de inverno
Referência na
produção de proteína animal, Santa Catarina enfrenta há anos o déficit de
milho, um dos principais itens da ração de suínos, aves e gado leiteiro. O
cultivo de cereal no Estado não é suficiente para atender a demanda e boa parte
dos grãos usados na alimentação dos rebanhos precisa vir de fora. Isso gera uma
pressão constante nos frigoríficos e já houve ameaças de transferência da
produção para outras regiões. A construção da ferrovia para agilizar a
logística do insumo, também debatida há muito tempo, ajuda, mas por si só não
resolve o problema. Defende-se uma outra alternativa: o cultivo de cereais de
inverno, como o trigo, que podem complementar a alimentação dos animais. SC
ociosos em torno de 600 mil hectares que são plantados no verão, mas não são
plantadas no inverno. Está se buscando utilizar essas terras para garantir
valor para o produtor e toda e toda a sociedade e resolver o problema da cadeia
de aves, suínos e gado de leite. A propriedade continuaria trabalhando.
Investimentos
Um
levantamento da OCESC aponta que as cooperativas de Santa Catarina projetam
investimentos de R$ 6 bilhões para 2025. Mas o setor tem encontrado dificuldade
para encontrar crédito acessível, que viabiliza a expansão. Uma das principais
alternativas, o Crédito Rural do governo federal, o dinheiro está mais escasso.
As cooperativas estão buscando alternativas no mercado de capitais para poder viabilizar
as suas indústrias e investimentos. É um contrassenso um país com ima vocação
agrícola muito grande não ter uma política definida de crescimento.